Enxaguantes bucais podem reduzir carga viral do coronavírus, diz estudo

Estudo comprovou que após 30 segundos de gargarejo é possível reduzir a concentração do vírus na garganta

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Enxaguantes não inibem a produção de vírus nas células, mas podem reduzir a carga viral a curto prazo. Foto: Reprodução/Google

Uma descoberta realizada por pesquisadores da Universidade Ruhr-Bochum, na Alemanha, revelou uma constatação tão inusitada quanto surpreendente: algumas fórmulas de enxaguante bucal são capazes de inativar o Sars-CoV-2.

O estudo, publicado no fim de julho no The Journal of Infectious Diseases, leva em consideração que as glândulas salivares são os principais locais de replicação e transmissão do vírus. “A antissepsia nasal e oral tem sido sugerida para diminuir o número de partículas de vírus aerossolizadas ativas das passagens nasais e da cavidade oral e consequentemente, reduzir o risco de transmissão de Sars-CoV-2”, diz o artigo da pesquisa.

Foram testados oito tipos de enxaguantes bucais, com diferentes compostos ativos. Eles eram misturados com partículas virais durante 30 segundos para simular o efeito do gargarejo. Então, os pesquisadores aplicaram a mistura às células do tipo Vero E6, que são receptivas ao novo coronavírus. Três dos produtos escolhidos para a pesquisa “reduziram significativamente a infecciosidade viral em até três ordens de magnitude.”

Ou seja, os enxaguantes bucais não inibem a produção de vírus nas células, mas podem reduzir a carga viral a curto prazo. “Em resumo, fornecemos evidências de que o Sars-CoV-2 pode ser eficientemente inativado por bochechos orais disponíveis comercialmente em curtos tempos de exposição de 30 segundos”, conclui o artigo.

Fonte: Uol

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