Governo do Estado determina fechamento do comércio até 15 de abril

O governador Eduardo Leite, em pronunciamento feito via transmissão ao vivo nas redes sociais do governo estadual, anunciou o fechamento do comércio em todo o território do Rio Grande do Sul até o dia 15 de abril.  O decreto será publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado, nesta quarta-feira (1º), e vai restringir ainda mais as atividades não-essenciais no Rio Grande do Sul, sem que os municípios possam tomar decisões sobre o assunto.

“É justamente agora que devemos ser mais rigorosos e não afrouxar restrições. Concluímos, com base em dados da evolução do vírus e estudos técnicos, que esta é a hora de estabelecermos a uniformidade nas restrições ao contato no Rio Grande do Sul. Estamos vendo mais pessoas e mais municípios nos quais o contágio se confirma e precisamos manter esses cuidados para termos mais tempo de fortalecer a nossa rede de atenção hospitalar”, explicou Leite.

Serviços essenciais, que garantem alimentação, telecomunicações, saneamento básico e cuidados médicos, além da atuação de outros profissionais que são considerados imprescindíveis, estão mantidos, conforme já estabelecido em decretos anteriores. O governador voltou a explicar que, nas próximas semanas, o Estado deve receber kits de testagem, testes rápidos, respiradores para UTI e outros equipamentos que auxiliarão no tratamento das pessoas que tenham a Covid-19.

“Neste momento em que estamos observando a evolução dos dados, adquirindo equipamentos, melhorando a gestão dos dados sobre as internações, é fundamental que a população siga reduzindo o contato e a circulação ao mínimo possível”, demandou Leite. A determinação passará a valer a partir da publicação do decreto, nesta quarta-feira.

Reabertura do comércio em Candelária está suspensa

Poucas horas depois de realizar uma transmissão ao vivo, com recomendações de prevenção contra o coronavírus para a reabertura do comércio de Candelária, prevista para esta quarta-feira, o coordenador do gabinete de prevenção e enfrentamento ao Covid-19, Dionatan Tavares, foi pego de surpresa com o pronunciamento do governador. “Não esperávamos que houvesse essa reviravolta e, só por isso, flexibilizamos o funcionamento do comércio”, comentou.

Com a determinação estadual, o município perde o poder de tomada de decisão sobre as atividades não-essenciais e é o decreto emitido por Leite que passará a vigorar. “Tão logo se publique o texto, a lei passa a vigorar. Talvez se tenha um intervalo de tempo em que alguns comerciantes queiram trabalhar, mas com a emissão do decreto, não poderá haver qualquer atividade”, explicou. Conforme Tavares, o município não tem muitas considerações a fazer, apenas cumprir a medida que Leite entende como necessária.