Sinfucan realiza assembleia para analisar nova proposta da Prefeitura

Executivo não abre mão do reajuste em duas parcelas, mas cedeu em alguns pontos

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O presidente do Sinfucan, Valberto Hoesel, convoca todos os associados para terça-feira (17). Foto: Arquivo/JC

As negociações entre o Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Candelária (Sinfucan) e a Prefeitura em relação ao reajuste salarial da categoria ainda não chegaram ao fim. Depois de o governo ter oferecido correção de 7,32% frente ao pedido de 20,37% encaminhado pelo sindicato, cerca de 40 representantes do funcionalismo rejeitaram a ideia em assembleia realizada na terça-feira (3). Na reunião, os servidores elaboraram uma nova proposta, que já foi protocolada junto ao Executivo.

No documento, a categoria solicitou que o reajuste fosse de 7,32%, mas pago somente em uma parcela – diferente do que foi sugerido pela Prefeitura, que pretendia saldar o índice em duas vezes, uma de 4,32% em março e a outra, de 3%, em julho. Além disso, o sindicato está reivindicando alterações em relação ao vale-alimentação.

De acordo com Hoesel, é compreensível a impossibilidade de um aumento real no salário dos servidores. No entanto, não é aceitável que solicitações antigas da categoria e que não causam impactos financeiros sejam ignoradas, sem qualquer debate, estudo ou planejamento. Por isso, um dos outros pontos mantidos foi a implantação do vale-alimentação através de projeto de lei. “Atualmente, todo ano é enviado à Câmara um projeto que estipula o vale-alimentação por um ano. Se isso não for feito, o benefício é extinto imediatamente. Queremos a garantia de que seja permanente e só possa ser cancelado mediante outro projeto de lei”, relatou.

Na assembleia, os funcionários apontaram, ainda, a necessidade de redução do valor da taxa de manutenção do vale-alimentação de R$ 20,00 para R$ 10,00. Já o benefício, o pedido é de passe de R$ 200,00 para R$ 400,00. “O funcionalismo está muito desgostoso com a falta de valorização da categoria. Essas solicitações são questões mínimas, que melhorariam a autoestima de todos”, pontuou o presidente do Sinfucan.

Na manhã de ontem (12), a Prefeitura encaminhou ao sindicato uma resposta à última proposta feita pelo funcionalismo. Dos pedidos, só não foi atendido o que pleiteava o reajuste em parcela única e o aumento do vale-alimentação. Agora, a categoria volta a se reunir na próxima terça-feira (17), em mais uma assembleia para debater a oferta.

SAIBA MAIS
A taxa de 7,32% se refere ao Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM), que mede, de maneira genérica, a inflação do exercício financeiro anterior, que, neste caso, é 2019. Assim que sancionado, o reajuste vale para os 900 servidores, entre nomeados e contratados, ativos e inativos. O dissídio é fixado no dia 15 de março e a reposição será aplicada de maneira retroativa, independentemente de quando for aprovada em definitivo.

A proposta

>> Reajuste de 7,32%, pagos em duas parcelas;
>> Implantação do vale-alimentação permanente, através de projeto de lei;
>> Redução na taxa de manutenção do vale-alimentação de R$ 20,00 para R$ 10,00.

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