Pelo menos 300 pessoas devem aderir ao abaixo-assinado organizado por moradores da localidade de Capão do Valo, que solicita a troca da concessionária de energia elétrica responsável pela região. O motivo da solicitação é que, sob os cuidados da RGE, as famílias convivem com a constante falta de luz, demora na reativação do serviço e postes quase caindo. A reivindicação é que a Celetro assuma a responsabilidade sobre a distribuição de energia naquela localidade e nos arredores.
De acordo com um dos organizadores do abaixo-assinado, Carlinhos da Rosa, assim que a meta de assinaturas for atingida, o documento será entregue na Celetro, para que seja possível iniciar as tratativas de agendamento de uma audiência na Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs). “Até o Pinheiro, a rede é boa. Dali em diante, não tem manutenção nenhuma. Para se ter uma ideia, a cada vento, não precisa ser muito forte, cai um poste”, relatou.
O problema se amplifica porque a rede elétrica é combustível para fazer funcionar a rede de água do Capão do Valo. “E aí, ficamos dois, três dias sem luz e, consequentemente, sem água”, contou. De acordo com Rosa, a RGE peca nos quesitos agilidade, para restabelecer o serviço após a interrupção, e qualidade, para deixar a manutenção da rede em dia. A Câmara de Vereadores e a Prefeitura já estão a par da situação e apoiam os moradores na reivindicação.
AS CONCESSIONÁRIAS
O vice-presidente da Celetro, Mário Grützmacher, disse que a cooperativa já está ciente da vontade da comunidade. Ele colocou a Celetro à disposição, mas, deixou claro que a troca de concessionárias não é um procedimento simples. “Tem uma série de ritos a serem cumpridos, como o abaixo-assinado, audiência, aprovação na Câmara. E depois temos que ver quantas famílias são, qual a estrutura da localidade”, comentou.
Já a RGE Sul não respondeu aos questiona-mentos feitos pela equipe de reportagem do Jornal de Candelária. As perguntas foram enviadas à assessoria de imprensa da companhia, mas não houve retorno. Também foi feito contato via telefone, porém as dúvidas não foram esclarecidas.